Save me: uma crítica social às instituições de poder

Em meio a uma crise financeira, a família de Im Sang Mi (Seo Ye-ji – Lawless Lawyer e Hwarang)  vai morar na provinciana cidade de Muji-gun, onde seu pai conseguiu comprar uma casa com o dinheiro que restava. O lugar, entretanto, estava aos pedaços, inapto para a habitação. Abalados pela falência em um local desconhecido e sem moradia, o pai de Sang Mi vai a procura de qualquer trabalho possível que garanta um teto para eles. 

Um pequeno culto religioso começa a organizar uma sociedade na qual todos se ajudam na construção da comunidade, em um ponto afastado daquele município, com base nos preceitos do seu líder espiritual.  Ele convida a família para conhecer o templo, oferecendo simpatia e orações, principalmente para o irmão gêmeo de Sang Mi, que possui um problema na perna. Os participantes do ritual, aparentemente amigáveis, demonstram o contrário a Sang Mi, que é assediada, mas por medo de ser desacreditada, permanece em silêncio. 

A situação já fragilizada dos membros da família é agravada quando Sang Jin começa a sofrer bullying e sua irmã passa a ser importunada na escola.  Em contraponto, um grupo de quatro amigos simpatizam pelos gêmeos. Porém, o pouco apoio que recebem não é suficiente para acabar com os ataques, que resultam em uma tragédia. 

Devido o desespero e a condição mental precária da esposa, o pai da protagonista se entrega ao acolhimento do culto, mesmo com os protestos da filha. O que é apresentado como uma libertação dos sofrimentos que a família estava passando, torna-se uma prisão física e psicológica para Sang Mi. Uma pálida esperança surge quando seus quatro colegas de classe percebem seu desespero por ajuda.

Foto: Divulgação

Save me é uma grande surpresa: uma história incrivelmente bem feita, contudo tão inconveniente de assistir. A trama é impecável, mas a narrativa carrega temas tão pesados e o sentimento de impotência é constante durante os episódios. Um kdrama para assistir na base do ódio (por causa de alguns personagens) e da esperança de um final feliz!

Um dos doramas mais densos que já assisti. Consumiu meu ser enquanto não descobri o final e simplesmente queria que o drama continuasse, pois os personagens principais são maravilhosos demais para dizer adeus. A obra aborda questões como assédio, estupro, bullying, lavagem de dinheiro, injustiça por conta de classe econômica entre tantos outros temas.

O elenco é composto pelos seguintes (incríveis) atores :

– Seo Ye-ji (Lawless Lawyer, Hwarang): protagonista que sofre como uma condenada, literalmente, que come o pão que o diabo amassou

– Ok Taec-yeon (The Game: Towards Midnight, Hey Let’s Fight Ghost): a maçã boa da árvore podre que vai ajudar a amiguinha

– Woo Do-hwan (The great seducer, My Country): o personagem perfeito que carrega o dorama nas costas, aka o meu grande amor

– Jo Sung-ha  (Memorist, The K2): o diabo que amassou o pão

– Jo Jae Yoon (Urban Cops, Mad Dog): o diabo que amassou o pão²

– Park Ji-young (Moon Lovers, Wok of Love): a devota que claramente tem uns problemas, odiável quase o tempo todo

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